Bloqueio do Plexo Cervical Superficial
Um dos poucos bloqueios de cabeça e pescoço que podem ser feitos facilmente usando pontos de referência ou guiado por ultrassom.
Indicações: cirurgia timpanomastóidea, cirurgia otológica, implantes cocleares, cirurgia anterior do pescoço/ tireoide ou como adjuvante da cirurgia de fratura da clavícula.
Técnicas:
Ultrassom: abordagem em plano
Após antissepsia, coloque o probe do ultrassom no pescoço ipsilateral ao nível da cartilagem cricoide (no nível de C6, aproximadamente no meio do músculo esternocleidomastóideo – ECM).
Movendo o probe de medial para lateral, acompanhe o músculo esternocleidomastóideo à medida que ele se estreita lateralmente. Se tiver dificuldade, primeiro localize os grandes vasos. O músculo esternocleidomastóideo fica anteriormente.
Se possível, identifique o plexo cervical profundo, póstero-lateral à borda lateral do músculo esternocleidomastóideo, como uma imagem de nódulos hipoecóicos. Se não for identificado, o anestésico local pode ser depositado abaixo da borda lateral do músculo esternocleidomastóideo e da fáscia pré-vertebral. Se estiver no plano correto, o anestésico local irá dissecar as camadas de forma semelhante a um bloqueio do plano transverso do abdome (TAP) ou bloqueio da bainha do reto. Ajuste a ponta da agulha para obter esta visualização. O nervo frênico está geralmente neste plano fascial (embora mais profundo e medial), portanto, certifique-se de que a dispersão do anestésico local seja mais lateral e superficial para evitar bloqueio acidental do nervo frênico.
Cobertura do bloqueio: ramos anteriores de C2-C4 (sensorial); o plexo é composto por 4 nervos: occipital menor, auricular maior, cervical transverso e supraclavicular.
Complicações:
Pode interferir na monitorização neurofisiológica intraoperatória se for feito antes da incisão.
Hematoma
Injeção intravascular (presumivelmente uma incidência maior com técnica de referência anatômica)
Paralisia do nervo frênico (levando à paralisia diafragmática ipsilateral)
O nervo frênico é um nervo misto sensorial/ motor com ramos de C3-C5.
Possível risco aumentado de febre pós-operatória (associada a bloqueios bilaterais e possível paralisia do bilateral do nervo frênico, paralisia diafragmática e atelectasia).
Pode ser facilmente descartado usando a avaliação do diafragma no modo M.
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